Quando pensamos em Inteligência Emocional, a primeira coisa que vem à mente é que isso é assunto da “vida adulta”. Pessoas bem sucedidas em suas sólidas carreiras certamente tem inteligência emocional de sobra. Mas pouco se fala a respeito de como ajudar os nossos filhos a desenvolver a IE desde cedo.

Inteligência emocional é um conceito em psicologia que descreve a capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles.

WikiPedia

Recentemente fomos devastados com a notícia do massacre na escola de Suzano/SP. Dois meninos, ex-alunos, entraram na escola e atiraram contra colegas, professores e funcionários da escola sem nenhuma explicação. Talvez tenham sofrido bullying mas o fato é que certamente eles não tiveram inteligência emocional para lidar com os problemas que vinham enfrentando. E como ajudar os nossos filhos nesse assunto é o que você aprenderá agora em quatro passos.

Em primeiro lugar é importante entender que uma criança emocionalmente saudável não quer dizer uma criança que não chora, que não se frustra ou que não faz birras. Muito pelo contrário. Uma criança emocionalmente saudável é aquela que, antes de mais nada, reconhece as suas emoções e consegue lidar com elas. Entender as emoções e colocar-se no lugar dos outros é outro sinal de saúde emocional. Mas obviamente ela não nasce sabendo fazer isso e é nossa responsabilidade, como pais, ensiná-las.

1. Ouça, traduza, seja positivo e mostre o seu apoio.

O primeiro passo é ouvir seu filho. Muitas vezes eles não nos passam uma mensagem clara mas é preciso entender o que ele diz. Às vezes a birra é a forma de lidar com uma determinada frustração. Outras vezes um choro intenso e sem motivo é uma maneira de expressar ciúmes. Assim que você, como pai/mãe entender a mensagem traduza à criança. Seja claro, positivo e demonstre o seu apoio dizendo “Filho, eu entendo que você está sentindo ciúmes e por isso está chorando tanto, me abrace, estou aqui pra te ajudar a passar por isso”.

2. Não diminua as frustrações.

Uma boa dose das frustrações do dia a dia, embora haja algum sofrimento envolvido, é um ótimo ensaio para o que será vivido “no mundo lá fora”. Não ganhar o doce que pediu, perder um jogo ou se deparar com um não é aprender que nem tudo sairá como ela gostaria. Ela vai chorar e se decepcionar. Mas é importante que ela entenda o porquê de não ter conseguido o que queria. Mais uma vez verbalize a emoção que ela está sentindo. Explique que aquele choro é a raiva e que ela terá que lidar com isso. Como diz o ditado: O que nós não ensinamos com amor, a vida ensinará pela dor.

3. Ao invés de elogiar a qualidade, parabenize o esforço.

Faz parte da nossa responsabilidade como pais também criar crianças seguras e confiantes. Isso não tem nada a ver com dizer o tempo todo que elas são as mais lindas, mais inteligentes, mais espertas, mais rápidas. Na real, isso só vai fazer com que elas se tornem competitivas e soberbas e aumentará ainda mais a frustração quando encontrarem outra crianças “mais” do que elas. Construir a auto estima de uma criança – sem prejudicá-la – baseia-se em parabenizar pelo seu esforço ao invés de elogiar sua qualidade. Por exemplo: diga “Parabéns, você conseguiu terminar a sua lição!” ao invés de dizer “Como você é boa em matemática!”. Dessa forma você a estimula a superar os seus próprios limites e não a ser melhor do que outra pessoa.

4. Ensine sobre dar a volta por cima.

A palavra do momento tem sido resiliência que é, basicamente, a capacidade de dar a volta por cima, superar o que passou e agregar aprendizado e conhecimento em meio às dificuldades. Nenhum ser humano nasce com isso. É preciso praticar e muito. Empatia e positividade são os principais caminhos para alcançá-la e porque não ensinar isso desde cedo às crianças?! O melhor jeito é exercitar diariamente mostrando de forma didática o conhecimento adquirido de cada experiência negativa vivida pela criança com frases como:

-“Não vamos deixar que esse problema estrague nosso dia”;

– “Isso parece muito difícil agora, mas você tem capacidade para fazê-lo”;

– “O que você aprendeu disso para que não aconteça na próxima vez?”;

– “Como podemos resolver isso juntos?”.

Espero, realmente, que esse post tenha ajudado você a refletir sobre a importância de exercitar a Inteligência Emocional nos seus filhos.

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Mãe do Gustavo e da Rafaela, esposa e dona de casa. Dedico meu tempo à minha família e ao Mamãe de Casa. Sou formada em arquitetura mas agora sou 100% mãe. Eu durmo, acordo, respiro maternidade! Caí de cabeça, me joguei, me entreguei mesmo... Essa sou eu!

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